Sunomono de Atum e uma viagem pelo Porto!


O Porto está na moda! Esta é a frase que mais se ouve ultimamente acerca da cidade do Porto. No passado mês constatei e confirmei isso mesmo nuns dias de férias quando rumei a esta cidade.
Adoro o Porto!! Apesar de já ir com mais frequência ainda não é como gostaria. Sempre que vou tento aproveitar ao máximo cada minuto, percorro quilómetros naquela cidade, gasto umas boas "solas de sapatos". 
O Porto é uma cidade única, cheia de vida, com mais iniciativas, mais atracções e principalmente restaurantes, lojas e cantinhos que encantam. Genuínos, simples, diferentes e acima de tudo bem portugueses.
Esta ida ao Porto contaria apenas com 2 dias e com um roteiro extenso como já me habituei. Lojas que queria conhecer e outras que pretendia voltar, sítios novos para conhecer e lugares para recordar. Segundo as previsões meteorológicas estava previsto um temporal para o segundo dia, o que me obrigava ainda mais a absorver dois dias de viagem num só dia.
E assim foi, uma segunda feira de sol deu lugar a uma terça feira ventosa e de chuva (posso confirmar as minhas quatro molhas), mas mesmo assim valeu a pena, uma visita ao Porto faça sol ou chuva vale sempre a pena.


O primeiro dia começou com uma visita aos Jardins do Palácio de Cristal. Um lugar que já andava para conhecer nas anteriores idas ao Porto e que nunca tinha tido oportunidade/tempo para visitar. Desta vez e sem outra qualquer paragem pelo meio o destino eram o jardins. Um local tranquilo, onde se respira ar puro, onde se aprecia o silêncio, onde reina o verde e principalmente onde podemos deslumbrar uma vista fantástica sobre o rio Douro e as margens do lado de Gaia. Um bilhete postal que convida à descoberta desta cidade e de todos os seus encantos.




Uma breve passagem pela Rua Miguel Bombarda, a zona da Cedofeita levaram-se até aos Clérigos (não subi a torre, ainda não foi desta, ficará para uma próxima). Deambulei pela Rua do Almada até chegar à Avenida dos Aliados.Uma avenida movimentada e repleta de grupos de turistas. Seguiu-se a já tão conhecida Estação de São Bento, que não resisto em entrar, nem que seja simplesmente para entrar dar uma volta e sair. Parece um ritual, assim como na Sé do Porto. Penso que de todas as vezes que fui ao Porto entro na Sé e ali permaneço alguns minutos. Depois... Depois é mais um ritual de que não abdico. Ir até Gaia, passando a Ponte D. Luís onde posso deslumbrar lá do cimo as duas margens do Rio, o Cais de Gaia e a Ribeira do Porto. É nessa altura que o sol já se vai pondo e assim se reflecte nas águas do Douro.





Volto a subir em direcção aos Aliados agora pela tão conhecida e movimentada Rua das Flores. Vale a pena perder-nos no tempo e apreciar cada loja, cada café, cada recanto.
Outra visita obrigatória é a Rua de Santa Catarina, o Mercado do Bolhão e toda a zona envolvente. Fico de sorriso estampado no rosto ao olhar aquelas bancas de vegetais, produtos frescos e fruta deliciosa. Desta vez trouxe no saco uma Broa de Avintes, uns granadilhos e uma caixinha de Kiwis bebés. Não conhecia este fruto e apaixonei me por eles logo que me foram apresentados pela senhora na banca onde habitualmente vou.





No segundo dia, acordo com o som da chuva e do vento que confirmava tais previsões. O passeio pela Foz e uma visita a Serralves ficaria para uma próxima. O que não ficou adiado foi um almoço em muito boa companhia num restaurante que se pretendia conhecer. Um restaurante Japonês, a alguns metros do Teatro S. João. Com expectativas altas e debaixo de um enorme temporal, chegamos ao Shiko todas molhadinhas. Recebidas de sorriso no rosto por uma funcionária, era o momento de nos recompormos e apreciar o espaço, pequeno mas bastante acolhedor. Olhamos a ementa e pedimos Tempura de Caranguejo, um prato com 12 peças de sushi e um Sunomono de Peixe.
Posso dizer que foi um dos melhores sushi's que já comi, as expectativas foram totalmente superadas e voltarei sem margem de dúvida ao Shiko, agora para jantar com uma ementa ainda mais rica em oferta.

O Sunomono que hoje vos deixo reflecte alguns momentos vividos no Porto, servindo de inspiração. São as viagens, os passeios, os momentos que nos inspiram, que nos levam a criar ou a recriar uma receita.
O Sunomono não é mais que uma salada de pepino japonesa agridoce servida como entrada. É uma salada leve e refrescante que pode ser combinada com peixe. Eu optei pelo atum fresco. Um peixe que gosto bastante e o qual não tenho usado muito na minha cozinha.
Aqui fica uma sugestão muito rápida e prática para viajar até ao outro lado do mundo.


Sunomono de Atum


Ingredientes:

(serve 2 pessoas)

1 posta de atum fresca
2 Pepinos Japoneses (ou 1 pepino pequeno normal)
Sumo 2 limas
Sal e pimenta q.b.
1 chávena de café de açúcar
1/2 chávena de café de vinagre de arroz
Sementes de Sésamo pretas

Comece por cortar em cubos muito pequenos o atum e colocar numa taça. Junte um pouco de sal e pimenta e o sumo da lima. Leve ao frio cerca de 1 hora.
Entretanto com a ajuda de uma mandolina (usei da marca Borner) corte o pepino em rodelas muito finas e reserve. Numa outra taça misture o vinagre com o açúcar e a água. Acrescente ao pepino e deixe repousar uns 30 minutos.
Numa taça de servir junte o atum com o pepino e as sementes de sésamo pretas. Misture muito bem e sirva.




Deliciem-se!!

3 comentários:

  1. Bom dia Ana, estou deliciada simplesmente deliciada!
    Com Sunomono ... e com as fotos da linda cidade do Porto, minha cidade ...
    Parabéns e o Sunomono é para fazer com toda a certeza. Um bom dia querida e obrigada pelo post fantástico que simplesmente ... Me deliciou :)

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  2. Beeem linda! Passeei contigo no Porto através das tuas palavras. Já andei também por aí e sei que é lindo. Da próxima vez vai até à Ribeira... Vou contigo ;-)
    Bonito Sunomono, rápido e delicioso.
    beijinhos, minha amiga :-)
    C

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  3. Que vergonha, Ana! :( Já tinha vindo ler o posto mas ainda não tinha vindo cá comentar!
    Tenho de me redimir ;)
    Esta cidade é linda e especial, então tão bem retratada torna-se ainda mais deliciosa.
    Como sabes, apesar de adorar esta minha terra, sinto que nem sempre a usufruo como devia, e ao falar contigo percebo algumas lacunas imperdoáveis. Por vezes estamos perto demais e acabamos por deixar passar pormenores que quem vem de fora absorve de outra forma.
    Tenho de reforçar aquele exercício de fazer de turista em casa :)
    Já disseste tudo em relação ao nosso brutal almoço japonês. Depois de uma luta inglória contra o temporal só podíamos ter o melhor almoço possível. Bibó Shiko! :D
    Adorei tudo, principalmente a tua visita que tão bem soube.

    Bjinhos grandes e volta sempre.

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