Férias.... foi essa a palavra de ordem nestas últimas semanas e a justificação por esta minha ausência.
É após o inicio da Primavera e depois dos dias festivos da Páscoa, que marco alguns dias de férias, para descansar e renovar energias. Uma pequena escapadinha pelo nosso país ou para outra qualquer cidade, quase sempre europeia.
Este ano a eleita foi a Ilha de São Miguel, nos Açores. Um lugar único, de essência simples e repleto de lugares mágicos.
Os Açores já estavam na minha ideia para os visitar a algum tempo. Mas sou sincera, o valor dos voos nunca me incentivaram a isso. Demasiado caros, o que encarecia logo a viagem, a par do alojamento e do carro para alugar, fizeram com que as opções recaíssem sempre sobre as cidades europeias,
Em Fevereiro, e após verificar os preços das companhias aéreas Low Cost, decidi e comprei o bilhete de avião. Era desta que iria aos Açores. Optei somente por visitar São Miguel (com alguma pena), mas a visita a outras ilhas neste momento encarecia a viagem, o que não seria possível.
Após aterrar na ilha, sendo recebida com um céu cinzento e alguns pingos de chuva iniciava cinco dias de aventura e descanso à descoberta da ilha. Paisagens verdes de perder de vista, onde a terra abraça o mar e se mistura com o azul do céu .O roteiro estava semi organizado. Com os pontos principais marcados no mapa é tempo de aguardar para saber qual a direcção que iria seguir a cada inicio de dia, definida pelo nevoeiro ou não em algumas zonas. A decisão era tomada a cada inicio da manhã quando através do spotazores sabia qual a meteorologia, em tempo real, nalguns pontos de interesse da ilha.
O primeiro dia e dado que só tinha a tarde foi reservado para conhecer a cidade de Ponta Delgada. Uma cidade pequena com construções em que a pedra preta se destaca, foi em pleno centro histórico e após uma passeata a pé pelas suas ruas que encontrei e me reconfortei com um saboroso e aconchegante chá que veio à boleia de uma queijada. Um ambiente distinto e diferente, que nem é um café nem uma mercearia, é tudo isto e muito mais, falo do Louvre Micaelense.
A rota do segundo dia foi ditada pelo nevoeiro quer na Lagoa do Fogo quer nas Sete Cidades. O destino foi então a zona das Furnas. Apesar do sol que começava a dar um ar da sua graça, o vento e o frio foram presença constante ao longo da viagem.
Antes do tradicional cozido (confesso que não fiquei fã do inhame), houve oportunidade para descobrir a Lagoa das Furnas assim como a vila e assistir à retirada dos cozidos das caldeiras. A tarde foi dividida entre o Parque Terra Nostra e a Vila Franca do Campo.
Na manhã do dia seguinte, fomos para sentido oposto ao dia anterior. O sol magnifico deixava reflectir as águas em tons de verde e azul da lagoa das Sete Cidades. Miradouros com vistas deslumbrantes, como o miradouro do canário e lagoas que se perdem de vista, cenários únicos entre as montanhas que separam os bosques do mar. O mar agitado nas piscinas naturais dos Mosteiros contrastam com o sossego e a calmaria que se vivem nos parques naturais. Ainda hoje recordo que é somente o som das árvores que abanam com o vento e canto dos pássaros, que interrompem o silêncio que se vive naquele sitio.
Para além das paisagens verdes em toda a ilha, colinas repletas de vacas leiteiras, o Parque da Caldeira Verde e o Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões, assim como a fábrica de chás da Gorreana e de Porto Formos também merecem uma visita. De cortar a respiração as dezenas de miradouros ao logo da costa e a Lagoa do Fogo, situada o ponto mais alto da ilha. Devido à sua altitude é difícil conseguir ver na perfeição dado o excesso de nevoeiro denso na zona. Sim!! eu consegui!! (ok, foi à segunda tentativa).
Para além de uma ilha lindíssima, a amabilidade, a comida e simpatia das pessoas fazem desta ilha um cartão postal para visitar sempre.
De volta à realidade, ao aconchego da casa, aos aromas e cheiros que invadem a cozinha e à preguiça que antecede sempre os próximos dias de trabalho, é hora de voltar aos tachos e às panelas, agora com algo bem simples de preparar mas algo repleto de sabor. A inspiração chegou deste blogue que sigo com imenso entusiasmo. A Sandra é uma cozinheira de mãos cheias, de gostos simples, mas com pratos repletos de sabor.
Espirais com cogumelos e alho preto. Pasta é algo que me enche as medidas, seja ela mais simples ou mais elaborada. Esta sugestão é bem simples. O aroma adocicado do alho preto e o tomilho fazem o prato. A Sandra utilizou trufa, eu substitui por cogumelos, dado não ter encontrado trufas, contudo ficou igualmente bom e aprovado.
Não é massa fresca como tanto gosto de preparar, mas o pouco tempo ditou as regras. No entanto, as pessoas que pretendam aprender a preparar massa fresca e passar umas horas divertidas com direito a degustação e mais algumas ofertas, podem-se inscrever no primeiro workshop que irei realizar com a ajuda da Cooperativa, Mercearia & Tasca em Leiria. Vejam o cartaz mais abaixo!
Espirais de cogumelos, Alho Preto e Tomilho
Ingredientes:
200 gr Massa Fusilli q.b.
80 gr de Cogumelos marron (ou outros)
2 dentes de alho preto
1 Pastinaca grande laminada
2 colheres de sopa de manteiga
1 colher de sobremesa de vinagre balsâmico
Flor de sal e pimenta q.b.
Tomilho fresco q.b.
Azeite q.b.
Queijo Parmesão q.b.
Preparação:
Comece por cozer o fusilli temperado em água com sal. Reserve um pouco de água da cozedura.
Num tacho coloque um fio de azeite e a manteiga. Deixe derreter a manteiga e acrescente os alhos esmagados. Lamine os cogumelos e a pastinaca e acrescente à manteiga. Deixe cozinhar cerca de 5 minutos. Se for necessário acrescente algumas colheres do caldo da cozedura da massa.
Tempere com sal, pimenta e tomilho fresco. Acrescente a massa e envolva bem. Salpique com o vinagre balsâmico e misture tudo.
Sirva com queijo parmesão ralado.
Deliciem-se!!
Mnahm, mnham... Um belo pratinho de massa. Que apetitoso.
ResponderEliminarBjinhos
Bimby & sabores da Vida
Adoro ler relatos sobre viagens aos Açores! São Miguel é uma ilha lindíssima! Quero lá voltar em breve! Nevoeiro é o pão nosso de cada dia cá nas ilhas, ainda hoje esteve nevoeiro até à porta! Nada a que já não estejamos habituados nestas que são as ilhas de bruma! Mas às vezes é aborrecido, principalmente para quem vem de férias e não consegue usufruir das vistas como deve ser! Então não gostaste do inhame?! Eu adoro! Mas tem de ser um bom inhame, claro está! Quando não são bons, não são bons mesmo! Quando tiveres oportunidade visita mais ilhas! Os Açores são um paraíso para descobrir! Essa massinha está por demais apetitosa! Podia ser a minha ceia! Beijinhos
ResponderEliminarQue fotos maravilhosas Ana. Nunca fui aos Açores, mas é uma ilha que adoraria conhecer e estas tuas fotos só me aguçaram ainda mais a vontade.
ResponderEliminarQuanto à tua massa, adoro pasta, adoro cogumelos e adoro alho preto que, segundo já li, tem imensas propriedades para a saúde.
Um beijinho,
Lia